segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Saindo de Paraty



Exatos 6 meses de fundeio de frente ao cais de Paraty. À maneira mais francesa possível, o Leoa ficou a espera dos ventos e das ondas. Sem pagar nada a ninguém e se sustentando por seus próprios meios (diga-se amarras), como há muito tempo já faz. Com os tanques cheios de água da chuva coletada em tantos meses. O casco cheio de cracas, já sem nenhum sinal de venenosa. Paraty como sempre com aquela energia que só ela tem. Eu gosto deste lugar, mas precisava sair dele.

 Puxei o ferro, mas o destino me fez voltar. A peça mais fraca do barco quebrou: o homem em cima dele. Forte dor abdominal me fez dar meia volta. Um dia de atraso e partimos de novo. Agora já sem vento, o motorzão fazia seu trabalho. Velho conhecido daquelas águas. Quantas vezes o Leoa Louca já passou por esses canais? E fomos embora. A Ilha Grande é linda. Mesmo debaixo de chuva e cerração. E agora eu me sinto do tamanho dela. Quero um dia voltar. Acho justo. No Rio pensava em nunca mais parar. Mas as dores e o tempo me fizeram voltar às suas águas podres.

 Mas estranho: elas agora estão claras. E calmas. Fiz um amigo no porto. O Rio é lindo outra vez.

2 comentários:

  1. FIZEMOS JUNTOS MUITO CHARTER .FUI A VITORIA BUSCAR DE VOLTA PARA PARATY.SAUDADES DE MEU AMIGO REINALDO

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