terça-feira, 14 de abril de 2015
33
Já são 7 meses fundeados em Itaipava, Itapemirim, ES. Foram os 7 piores meses desde sempre. Chegamos, apanhamos, apanhamos e apanhamos. Velejada de Niterói sob forte dor abdominal. Mais uma pedra no meu caminho. Mas chegamos. Em um porto nunca antes frequentado por um veleiro. Os sonhos não moram aqui. Aprendemos com os erros desde o início. Aqui se ancora com 2 âncoras (proa e popa). Cabos boieiros, homens traiçoeiros. O vento sopra e castiga. Noites perdidas, angústia, cabos rompidos, púlpito amassado , guincho quebrado, encalhe na baixa mar. Pó preto sujando tudo. Invasão da cabine. Ladrões. Violação do sagrado. Prejuízo. Pouco tempo de dedicação não nos fez recuperar. O meu espirito passs por testes. Convivência com um povo medroso, com as costas voltadas para o mar. Ausência de amigos, a não ser aqueles feitos justamente no mar. Nada me faz voltar. Desde que chegamos, não saímos. E hoje chegou o 33. Bem diferente dos meus sonhos. O meu coração está menos livre. Aonde foi que se perdeu? Aqui me resta a esperança. Devo me preparar. Quero içar a minha vela e velejar.
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solte as amaras que te prende a este cais! por toda tua vida por toda tua história tem que seguir em direção ao horizonte, mire se nos montes e olhe as gaivotas livres no ar, de onde lhe vem o socorro? o meu socorro e o das gaivotas vem do senhor que fez os ceús e terras, navegar é preciso!solte as amarras e deixe que a vida eo vento te leve dai
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